O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade pode ser dividido em diferentes graus. Como explica a psicóloga Juliana Bizeto, “são classificados de acordo com os prejuízos que a pessoa demonstra. No TDAH, a gravidade é dada de acordo com a quantidade de danos que o indivíduo tem na vida”.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o distúrbio pode ser classificada em três tipos:
- TDAH com predomínio de sintomas de desatenção.
- TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade.
- TDAH combinado entre os dois.
O procedimento para controlar o transtorno vai se dar conforme os sintomas de falta de atenção ou de hiperatividade ficam cada vez mais intensos. “Os tratamentos produzem melhora substancial na qualidade de vida do indivíduo. Consistem na associação de medicamentos psicoestimulantes com psicoterapia (terapia cognitivo-comportamental)”, revela o neurologista Mário Guimarães.
Vale lembrar a controvérsia na prescrição do medicamento Ritalina para crianças com o déficit de atenção e hiperatividade. Além da dependência, podem haver danos colaterais como insônia, ansiedade, perda de peso e arritmias cardíacas.
TDAH além dos remédios
Uma pesquisa da Universidade do Estado de Michigan e da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, mostrou ser possível uma melhora significativa dos sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças por meio da realização de atividades físicas. Segundo o estudo, crianças que fizeram exercícios aeróbicos pelo menos 30 minutos por dia (baseado em um experimento de 12 dias) antes da escola, mostraram melhora nos sintomas do transtorno durante as aulas, em relação às que não praticaram.
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Consultorias: Juliana Bizeto, psicóloga; Mário Guimarães, neurologista e professor de medicina da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo (SP).
Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Edição: Augusto Biason/Colaborador