Quase todo mundo já teve que lidar com os altos e baixos do seu próprio humor. Às vezes, somos surpreendidos por situações que mudam nosso comportamento de um segundo para o outro, sejam elas surpresas boas, ou nem tanto. As causas por trás destas mudanças podem variar de acordo com cada pessoa e envolvem o cotidiano, ambiente de trabalho, estudo e convivência por escolha ou, até mesmo, por obrigação. Assim como em muitas outras funções, a central responsável por todas estas mudanças está no cérebro. É lá que as sensações passam de pura alegria para o fim do seu dia.
Conhecendo o humor
Segundo o psicólogo Armando Ribeiro, “o humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de um indivíduo”.
O mau humor é resultado da alteração ou falta de serotonina no cérebro, neurotransmissor responsável por funções importantes como a própria regulação do humor, do sono e a sensação de saciedade.
É sempre bom lembrar as vantagens de levar a vida no ritmo do bom humor. Os benefícios refletem em toda sua rotina, visto que pessoas bem-humoradas tendem a ser mais produtivas e criativas e, consequentemente, a ter um salário melhor. Para o psicanalista Paulo Paiva, o mal-humorado pode criar “uma autossabotagem em sua evolução profissional”. Sem contar o fato de que esses indivíduos encontram mais problemas nos seus relacionamentos. Seja com namorada(o), na faculdade ou no trabalho, é difícil conviver com aquela pessoa ranzinza.
Nem tudo está perdido
Assim como uma febre, o mau humor pode ser um sinal de alerta de que alguma coisa não está bem. Apesar de alguns estudos mostrarem que o mau humor pode beneficiar as pessoas tornando-as mais racionais e otimistas, Ribeiro ressalta que, “a longo prazo, pode levá-las à desmotivação, conflitos interpessoais e sintomas depressivos”.
É possível utilizar aquela sensação ruim de raiva com tudo e todos para analisar a situação e melhorar as atitudes. Parece uma frase clichê, mas pode ser um sinal de que é preciso ver o mundo com outros olhos.
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Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Consultoria: Armando Ribeiro, psicólogo; Paulo Paiva, psicanalista