A vontade do ser humano de tirar medidas das coisas não vem de hoje. No decorrer da História, pode-se encontrar diversas tentativas que se confirmaram como fundamentais para invenções que melhoraram a qualidade de vida da sociedade. Alguns exemplos são as descobertas das velocidades dos objetos e da luz, a gravidade e a distância entre os planetas e o sol.
Quando as questões físicas não davam mais conta de satisfazer essa necessidade (já que o ser humano conseguiu avaliar quase tudo ao seu redor), a atenção voltou-se para coisas abstratas. Com isso, pesquisadores passaram a estudar as capacidades cognitivas.
Interesse por medidas abstratas
Por meio de um dos primeiros métodos utilizados para essa finalidade, chamado frenologia, profissionais analisavam a estrutura do crânio do paciente (verificando suas dimensões, por exemplo) e, com o auxílio dos resultados obtidos, tentavam estabelecer alguns quesitos, como a personalidade e as habilidades intelectuais dele.
“Os frenologistas acreditavam que todas as características de um indivíduo estavam abrigadas em localizações específicas do cérebro. Então, eles chegavam a medir a cabeça, e, caso houvesse um calombo na parte de trás da cabeça, ele poderia ter mais habilidade em determinada função”, explica o doutor em ciências médicas Marcelo Batistuzzo.
Essa apropriação inicial de procedimentos físicos (que logo caiu por terra) não estava totalmente equivocada, pois, juntamente ao avanço tecnológico ocorrido nos anos seguintes, essas análises serviram de base para que fossem identificadas as regiões cerebrais ligadas às potencialidades cognitivas.
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Texto e entrevista: Victor Manfio/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Marcelo Batistuzzo, doutor em ciências médicas