A lactose é um açúcar natural presente no leite e em alguns derivados. Por não conseguirem produzir a enzima lactase, que digere esse açúcar, algumas pessoas têm intolerância à substância. “A lactase é responsável pela quebra da lactose em galactose e glicose, que são duas moléculas menores e facilmente absorvidas pelo organismo. Em pessoas com intolerância à lactose, esse carboidrato acaba sendo conduzido ao intestino, onde é fermentado por bactérias, causando gases, náuseas, desconforto, indigestão e diarreia cerca de 30 minutos a duas horas depois da ingestão de alimentos com lactose”, explica a nutróloga Luciana Carneiro.
Livres da substância
O iogurte já tem um teor mais baixo de lactose, porém não o suficiente para ser consumido por quem foi diagnosticado com intolerância. Por isso, o ideal é buscar pelas opções sem a substância no mercado, geralmente identificados no rótulo como “zero lactose” ou “lacfree”. Existem, ainda, iogurtes feitos à base de leite de soja. Em casa, também é possível fazer o produto livre de lactose: basta usar leite de coco ou de soja e fermento lácteo no lugar do iogurte natural.
Por que não consumir?
A lactose não causa nenhum problema em pessoas saudáveis, que não têm intolerância à substância, portanto, leite e derivados podem ser consumidos sem medo. Contudo, em quem possui o problema, a ingestão de lactose pode levar ao déficit de vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais, perdidos geralmente em razão de diarreias prolongadas. “Isso propicia, também, uma baixa imunidade, facilitando a ocorrência de infecções”, acrescenta a nutróloga.
Como diagnosticar?
O ideal é ficar atento aos sinais: se, após consumir leite ou derivados, surgirem sintomas como dor e inchaço abdominal, náuseas, gases ou mesmo dores de cabeça, é recomendado buscar ajuda médica. Podem ser realizados exames como teste de intolerância à lactose, quando o paciente recebe uma dose de lactose em jejum e, após algumas horas, colhe amostras de sangue para medir o nível de glicose – em quem tem intolerância, esse nível permanece inalterado
Consultoria Luciana Carneiro, nutróloga
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