Assim como as travas das pistas de boliche, que são erguidas para não ter chance alguma de errar os pinos, a zona de conforto causada pela sensação de estabilidade bloqueia a procura de novos horizontes e deixa as pessoas mal-acostumadas. Arriscar-se não tem nada a ver com sentir-se seguro, estável, mas com enfrentar aquilo que nos tira o alicerce.
“Arriscar-se proporciona o desenvolvimento humano. Somos potencialmente capazes e é somente agindo que concretizamos nosso desenvolvimento. Arriscar significa ‘testar’, somente assim que é possível saber das possibilidades e até onde podemos ir”, reflete o psicólogo e especialista em análise comportamental, Carlos Esteves. Com o mesmo pensamento de Carlos, a coach Paula Abreu compreende que o lado bom do risco é que ele sempre está atrelado a ampliar as possibilidades, porém, quando a pessoa se encontra na zona de conforto, é muito difícil enxergar outros caminhos e crescer, pois não há desafios. “O risco traz essa experiência do desconforto, mas também do crescimento”, finaliza.
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Texto: Nathália Piccoli