A fibrose pulmonar idiopática é uma doença de causa desconhecida, mas existem fatores de risco, como tabagismo, exposição ambiental a diversos poluentes, refluxo gastroesofágico, infecção viral crônica e fatores genéticos que contribuem para o seu desenvolvimento.
A doença provoca o endurecimento dos pulmões, que vão gradativamente cicatrizando e perdendo sua capacidade de expansão e contração, o que prejudica a capacidade respiratória do paciente. A fibrose pulmonar idiopática apresenta uma taxa de sobrevida pior do que muitos tipos de câncer, como o de próstata e de mama, e atinge principalmente os idosos, com uma prevalência de cerca de 14 a 43 pessoas a cada 100 mil no mundo.
Embora não haja dados definitivos de prevalência no Brasil, estima-se que entre 13 e 18 mil pessoas tenham fibrose pulmonar idiopática no país, mas, como a doença ainda é subdiagnosticada, é possível que o número seja ainda maior.
Principais sintomas
Falta de ar, tosse crônica, cansaço constante e dificuldade para realizar atividades cotidianas são sinais frequentemente negligenciados na terceira idade. Por mais comum que seja pensar que estes são efeitos naturais do envelhecimento, é preciso estar atento, pois podem ser indícios de problemas respiratórios sérios. É o caso da fibrose pulmonar idiopática.
Por ser uma doença progressiva, ou seja, que age gradativamente, os pacientes com fibrose pulmonar idiopática se beneficiam muito do diagnóstico precoce. Trata-se de uma doença sem cura cujos sintomas são muito parecidos com os de outras doenças pulmonares, ou até mesmo com condições cardiovasculares, o que torna seu diagnóstico complexo.
Prevenção da fibrose pulmonar idiopática
Manter-se ativo e fazer exercícios, mesmo que de baixa intensidade, são medidas importantes para que o pulmão continue funcionando da melhor forma. “É comum que pacientes com doenças respiratórias evitem fazer exercícios, pois costumam sentir desconforto, porém, a prática de atividades mediante avaliação médica é muito importante para a reabilitação pulmonar nesses casos”, afirma o pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre (RS), Adalberto Rubin.
Consultoria Adalberto Rubin, pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre (RS)
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