O novo é necessário
Assim como as travas das pistas de boliche, que são erguidas para não ter chance alguma de errar os pinos, a zona de conforto causada pela sensação de estabilidade bloqueia a procura de um novo horizonte e deixa as pessoas mal-acostumadas. Arriscar-se não tem nada a ver com sentir-se seguro, estável, mas com enfrentar aquilo que nos tira o alicerce. “Arriscar-se proporciona o desenvolvimento humano. Somos potencialmente capazes e é somente agindo que concretizamos nosso desenvolvimento.
Arriscar significa ‘testar’, somente assim que é possível saber das possibilidades e até onde podemos ir”, reflete o psicólogo e especialista em análise comportamental, Carlos Esteves. Com o mesmo pensamento de Carlos, a coach Paula Abreu compreende que o lado bom do risco é que ele sempre está atrelado a ampliar as possibilidades, porém, quando a pessoa se encontra na zona de conforto, é muito difícil enxergar outros caminhos e crescer, pois não há desafios. “O risco traz essa experiência do desconforto, mas também do crescimento”, finaliza.
Não existe uma receita pronta para ser feliz
Quando se entende que a vida, acima de tudo, é uma aposta – no sentido de se aventurar no novo e se descobrir –, constantemente se pensa nas chances de algo dar certo ou não. E, dentro da margem de erro (imposta por nós mesmos), é fácil apostar que os nossos sonhos e nossas vontades são improváveis e que o novo vai dar errado.
A vida não permite atalhos. Cada história é única e cabe a nós ter coragem para trilhar o caminho que escolhemos, porque se cada um não viver seus próprios sonhos, vai acabar vivendo o sonho dos outros. O risco maior é o da decepção e do arrependimento por não ter conseguido enfrentar o medo e se aventurar pela vida.
Lidando com os erros
A liberdade de fazer escolhas e tomar decisões muitas vezes se transforma em arrependimento e incômodo de pensar como seria se a opção tivesse sido outra. “O arrependimento é uma reação emocional para atos passado, afirma a psicanalista Cristiane Maluf.
O erro é uma forma de aceitação. Uma maneira de conseguir enxergar como essa falha pode lhe fazer crescer, aprender mais sobre si mesmo e se tornar uma versão melhor de você. “Com o fracasso, aprendemos a ser humildes, ficamos face a face com nossas limitações, aprendemos que somos humanos e que não somos invencíveis”, conta Cristiane. O crescimento que os erros nos trazem é fundamental para o próprio autoconhecimento rumo ao sucesso.
(Auto) julgamento
O boicote ou a autossabotagem, como é chamada, trata-se de uma expressão dificilmente usada no dia a dia, contudo, é um comportamento bem mais comum do que imaginamos. “Tomamos uma decisão, mas não criamos na nossa vida os hábitos necessários para realizarmos a nossa meta – ficamos a um passo do nosso próprio boicote”, explica Paula. Não há como evitar o fracasso, muitas vezes é preciso dar de cara contra a parede, mas, é possível planejar de forma cautelosa toda a sua vida, dar um passo de cada vez, caminhar de acordo com as possibilidades, com o que é real. É preciso ter os pés no chão.
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Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Carlos Esteves, psicólogo e especialista em análise comportamental; Cristiane Maluf, psicanalista; Paula Abreu, coach