Comando central de todo o corpo, é no cérebro que se inicia o processo de reações ao estresse. Diante de uma situação de adaptação, o organismo passa a produzir alguns hormônios que são maléficos quando em excesso. “A ativação permanente do sistema nervoso simpático aumenta a produção de cortisol e de glicocorticóide. Essas substâncias enfraquecem as conexões sinápticas no hipocampo, que é uma região do cérebro capaz de criar novos hormônios e novas memórias”, conta Wallace Liima, professor de pós-graduação em saúde quântica, escritor e terapeuta quântico.
Com a memória afetada, o cérebro tende a potencializar e distorcer as memórias negativas, fazendo com que o indivíduo permaneça em um estado de preocupação, causando ansiedade.
A região da amígdala, responsável pelas memórias subconscientes, também é afetada, contribuindo para intensificar a ansiedade, trazendo à tona o medo e a insegurança de forma permanente. Sentir-se estressado ainda diminui a produção do neurotransmissor norepinefrina, o que ajuda o indivíduo a se sentir alerta. Sua alteração no organismo pode deixar a pessoa apática e com dificuldade de concentração, que abre as portas para a depressão.
A dopamina, outro neurotransmissor, também é reduzida, fazendo com que situações que antes davam prazer fiquem sem graça. Como se não fosse o bastante, o estresse também impacta a produção de serotonina, considerado o neurotransmissor mais importante do corpo para a manutenção do prazer e bom humor. Dá para perceber que ficar estressado gera um baita estrago no organismo, não é?
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Texto e entrevistas: Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador
Consultorias: Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association (ISMA-BR), copresidente da divisão de saúde ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria (WPA) e diretora da clínica de Stress e Biofeedback (www.anamrossi.com.br); Wallace Liima, professor de pós-graduação em saúde quântica, escritor e terapeuta quântico.