Quase todas as pessoas estão em busca da felicidade. E é bem provável que você também esteja. No entanto, será que em algum momento da sua vida, você falhou nessa missão, pura e simplesmente por autossabotagem? Talvez. Entenda a seguir como funciona esse boicote a si mesmo.
Afinal, como funciona a autossabotagem?
Ao longo da vida, as pessoas podem desenvolver comportamentos repetitivos que prejudicam seus planos, provocando tristeza ou falta de esperança. Isso faz com que se acostumem com circunstâncias ruins, prejudicando mais ainda os próprios sonhos. Nesses casos, é comum escutar: “não vai dar certo” ou, ainda, “melhor nem tentar”.
De acordo com o psicólogo João Alexandre Borba, a autossabotagem é um grito de independência de uma parte de sua mente que vive lutando para se libertar de velhos maus tratos. “Uma das raízes que vejo constantemente na autossabotagem é a dificuldade comum em não se sentir merecedor do objetivo ou situação final. Isso é uma condição quase que absoluta para todo sabotador”, explica João.
Existem diversos tipos de sabotagem. Algumas mais profundas, ou seja, bem devastadoras, e outras mais suaves. “Em cada uma destas situações, fica nítida a revolta; porém, a vontade de mudar se disfarça e se esconde por detrás da frustração e do desapontamento”, acrescenta o psicólogo.
Um caso real
Anos atrás, Borba atendeu uma noiva que não se sentia bela o suficiente para casar. O psicólogo conta que, na semana do casamento, a paciente decidiu fazer uma caminhada em um dia chuvoso, ajudou uma amiga a carregar os móveis durante uma mudança e foi a um desfile de moda, que nunca havia sentido vontade de assistir. O resultado foi que a noiva ficou gripada, com dores na coluna e sentiu-se feia ao se comparar com as modelos.
Tudo isso lhe provocou uma vontade enorme de desistir do matrimônio. “Resumindo, uma parte dela não se sentia merecedora do seu casamento e, por medo, a levou a criar ações para afastá-la de seu objetivo. Com isso, sua autoestima diminuía, e a vontade de desistir da cerimônia crescia”, esclarece Borba.
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Texto: Érica Aguiar – Edição: Victor Santos
Consultoria: João Alexandre Borba, psicólogo clínico e master coach do Instituto Internacional Japonês de Coaching.