A evolução do ser humano fez com que a natureza desenvolvesse alguns sentimentos e sensações que ajudam na sobrevivência do indivíduo. Fome, sede, medo, paixão… Sejam fisiológicas ou emocionais, lidamos o tempo todo com reações que impulsionam nossas ações.
A ansiedade é um desses instintos, importante para a identificação de perigos iminentes, como fugir de um predador. Porém, passados milhares de anos desde a época das cavernas, situações que despertam o estado de alerta continuam fazendo parte do dia a dia do homem, inclusive, em maior quantidade, já que emprego, trânsito, trabalho, família e diversos outros temas exigem atitudes certeiras. O desafio hoje é saber interpretar de uma forma saudável tudo o que acontece ao nosso redor, evitando que o gatilho do transtorno ansioso dispare por motivos insignificantes.
O que é a ansiedade?
A ansiedade é, portanto, algo nato do ser humano, por isso, não deve ser eliminada. O problema surge quando o sentimento está presente em demasia nas pessoas. “Caracteriza-se transtorno ansioso quando o indivíduo apresenta respostas cognitivas, comportamentais, emocionais e fisiológicas relacionadas a preocupações e medos exagerados a determinados eventos que ainda não se realizaram”, define a psicóloga Lígia Venturineli.
Quem sofre do transtorno imagina algumas situações futuras como aversivas ou perigosas, ainda que elas ainda nem tenham acontecido. É justamente essa incerteza do tempo futuro que alimenta o sentimento de ansiedade, fazendo com que a pessoa sofra por antecipação — por algo que pode até mesmo nem vir a acontecer.
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Consultorias: Cleunice Menezes, psicóloga e psicanalista; Lígia Venturineli, psicóloga da AzimuteMed – Treinamento & Qualidade, de São Paulo (SP).
Texto e entrevistas: Natália Negretti – Edição: Augusto Biason / Colaborador