Robert Johnson morreu antes de completar 30 anos e seu legado se resume a apenas 42 gravações. Dessas, 29 são originais e o restante, versões alternativas feitas entre 1936 e 1937. Mas isso não impediu Robert Johnson de se tornar um dos mais influentes músicos de blues de todos os tempos.
VEJA TAMBÉM
Quem gravou o primeiro rock da história?
Raízes do rock: no começo era o blues
Vida torta
A vida de Robert Johnson é cercada de tantos mistérios quanto sua música. Johnson morreu em 1938, sob circunstâncias até hoje não esclarecidas. Isso só colabora para as lendas que circulam sobre a vida do cantor, violonista e mestre do blues.
Entre essas lendas, a mais famosa conta que Johnson teria vendido a alma ao diabo numa encruzilhada. Em troca, aprenderia a tocar violão como ninguém. A crença de que isso é verdade foi reforçada pelas letras e títulos de suas músicas, como Me and The Devil Blues, Preaching Blues (Up Jumped the Devil) e Hellhound on My Trail. E, claro, pela habilidade e criatividade ímpar no instrumento.
Para completar, o comportamento de Robert Johnson contribuiu para sua fama de “amigo do diabo”. Ele vivia se envolvendo em confusões, abusava de álcool e drogas ilícitas. Também foi acusado de espancar mulheres.Enfim, estava longe de ser um santo.
Em termos musicais, influenciou gerações de bluesmen e roqueiros. Eric Clapton, Elmore James, Keith Richards, Muddy Waters e Jeff Beck são alguns dos que se dizem influenciados pelo estilo de Robert Johnson. Alguns desses foram além da influência musical…
Álbum essencial
• The Complete Recordings (1990)