Além de muitas mensagens de fé e esperança, desde que se tornou o Papa Francisco o argentino Jorge Mario Bergoglio demonstra uma preocupação séria com os problemas sociais, e colocou a ajuda aos mais pobres como uma de suas maiores bandeiras no papado.
Papa Francisco e a assistência aos mais pobres
Evangelina Himitiam, a biógrafa do papa, já disse em entrevistas que todos os pertences do Papa Francisco cabem em uma mala, o que lhe permite viajar mais leve pela vida. Contudo, se simplicidade é o que norteia os passos de Papa Francisco, nem de longe a sua caminhada pode ser considerada simplória. O atual pontífice tem firmeza nas palavras e não teme mostrar sua opinião sobre temas polêmicos que envolvem a Igreja Católica, como pedofilia e casamento gay. Mas é com os pobres que o papa mostra o verdadeiro significado do que é ser franciscano.
A nomeação de Papa Francisco foi acompanhada de um pedido do pontífice aos seus conterrâneos: “Não venham ao Vaticano celebrar”. Em vez disso, solicitou aos argentinos que destinassem o dinheiro da viagem aos pobres de seu país.
A preocupação com os necessitados o acompanha desde jovem, quando percorria a pé – modo como o papa mais gosta de se locomover – o bairro onde morava para conhecer as áreas mais marcadas pela pobreza. “Ninguém pode dizer que é realmente livre e feliz enquanto houver miséria e fome neste mundo”, disse já como papa, demonstrando uma de suas principais preocupações como líder dos católicos.
E, em meio ao período mais consumista que o mundo já viu, parece que ele pretende levar esse voto de pobreza para toda a Igreja. Em outubro de 2013, afastou o bispo alemão Franz-Peter Tebartz-van Elst, conhecido como “bispo do luxo”, por período indeterminado. O fato ocorreu após denúncias de que Franz-Peter teria gasto mais de R$ 90 milhões na construção da sede episcopal, provando que, em tempos de Francisco e de sua conduta franciscana, ostentação não é bem-vinda.
LEIA TAMBÉM
Texto: Natália Ortega – Edição: Victor Santos