Rituais de exorcismo datam de antes de Cristo . Por isso, casos de possessão do maligno existem em várias crenças e religiões, chegando até os dias atuais.
Manifestações modernas
No século 20, o ritual de exorcizar o demônio do corpo de alguém voltou a ter destaque, graças ao crescimento das igrejas pentecostais que trouxeram a maior divulgação da cerimônia. Outro incentivo veio de uma área pouco relacionada à religião: o cinema. O lançamento do filme O Exorcista, em 1973, foi um sucesso de público, o que colaborou para aumentar o número de interessados no assunto. A obra, inclusive, influenciou a produção de diversos outros filmes, séries e livros sobre o tema até hoje.
Em 1998, o então papa João Paulo II autorizou a atualização do Ritual de Exorcismo e Outras Súplicas, o manual usado para a cerimônia que, entre outras mudanças, passou a ser utilizado na língua do padre exorcista e não somente em latim. No Brasil, o material foi lançado em 2005.
No Brasil
Os primeiros relatos de exorcismo em terras tupiniquins datam do século 18. Um frade que vivia em Salvador, na Bahia, chamado Luís de Nazaré, costumava exorcizar pessoas que se diziam atormentadas ou doentes. Quando não conseguia melhorar o quadro, ele as encaminhava para os negros, para que os rituais africanos pudessem fazer algo pelo bem delas.
Papa Francisco
O atual sumo pontífice não foge do assunto quando se trata de exorcismo, indo contra o tabu enxergado por muitos fiéis. Inclusive, começou seu legado em 2013 reafirmando a existência do diabo. Um dia depois de ser eleito, citou o escritor e pensador católico Léon Bloy para dizer que quem não se confessa está sujeito ao demônio. “Quem não reza para Deus reza para o diabo. Quando não se confessa a Jesus Cristo se confessa a mundanidade do diabo”.
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Texto: Natália Negretti