Frequentar banquetes era uma das atividades mais comuns da Idade Média – e os participantes variavam de senhores e seus convidados a trabalhadores rurais em comemoração a uma boa colheita.
Os hábitos alimentares da elite medieval se espalharam pela sociedade: desde a estrutura do cardápio, o tempo da festança e o estilo da cozinha – especialmente a preferência por comidas bem temperadas e molhos ácidos que acompanhavam muitos pratos. O que as pessoas consumiam nos banquetes dependia do calendário religioso. A abstinência de carne vermelha (considerada estimulante da luxúria e da gula) era muito comum na Inglaterra da época, e não apenas às sextas-feiras, mas também aos sábados, na quaresma e nos dias anteriores aos feriados santos.
Nessas ocasiões, se os participantes concordassem, podia ser servido peixe. A comida ia para a mesa em etapas, com pratos específicos. Um banquete da elite poderia começar com um caldo (cremoso ou ensopado) servido junto com carne cozida de boi ou de carneiro – ou talvez uma fritura. Uma segunda etapa poderia incluir mais caldos, com carne assada e aves nobres como faisão e garça, uma variedade de cremes ou geleia e uma fritura. Uma terceira etapa podia incluir mais cremes, pequenas aves assadas como pardais e, possivelmente, um prato de frutas e bolinhos fritos. Frutas e queijos poderiam finalizar a refeição.
VEJA TAMBÉM
- Na Idade Média, livros eram coisa para poucos. Entenda!
- Como surgiu a enigmática Ordem dos Templários?
- Cruzadas e Santa Inquisição: casos marcantes de fanatismo religioso