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Estudos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) registram que 17% dos brasileiros já pensaram em se matar
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Tratar o suicídio abertamente é uma forma de prevenção

Estudos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) registram que 17% dos brasileiros já pensaram em se matar

Champignon

Champignon
Foto: Reprodução/Facebook

Nesta segunda-feira (9), o Brasil recebeu uma notícia muito triste: mais um representante da música nacional nos deixou. Luiz Carlos Leão Duarte Junior, o Champignon da banda Charlie Brown Jr, foi encontrado morto em seu apartamento. O baixista tinha 35 anos e teria atirado contra si próprio enquanto a sua mulher estava em outro cômodo da residência. O corpo foi analisado pelo Instituto Médico Legal (IML) e o caso foi registrado como suicídio.

A esposa de Champignon disse que, ultimamente, ele estava demonstrando muita frustração. Além disso, a irmã do músico comentou que ele “estava no limite”. O psicoterapeuta Gustavo de Souza explica que alguns sinais de comportamento podem dar indícios de pensamentos suicidas como:

+ falta de cuidados pessoais;

+ desleixo;

+ mudanças de humor;

+ alteração no apetite;

+ mudança da libido;

+ predileção acentuada por assuntos que abordam a violência;

+ isolamento e introspecção;

+ reações agressivas extremas com os outros ou consigo mesmo;

+ a pessoa sente que é culpada por eventos não diretamente relacionados a ela (crises frequentes de persecutoriedade – se sentir perseguido por algo ou alguém).

“Pesquisas apontam também que pessoas com doenças crônicas, usuários de drogas lícitas e ilícitas, pessoas solitárias ou com algum tipo de depressão têm uma maior propensão a pensamentos suicidas”, completa.

“Uma pessoa pode ter pensamentos suicidas relacionados à transtornos como esquizofrenia ou de personalidade limítrofe, ou ainda decorrentes do abuso de substâncias químicas”, sugere o psicoterapeuta. Mas, segundo a família do músico, ele não usava nenhum tipo de droga e, antes do suicídio, consumiu duas doses de saquê. Gustavo comenta que, quando a pessoa não vê mais saída para os seus problemas, ela enxerga a morte como a última saída para tudo. O indivíduo se sente desamparado.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizou um estudo no qual foi registrado que 17% dos brasileiros já pensaram em se matar e 4,8% dessa parcela chegou a elaborar um plano para isso. Mas, para evitar que esses pensamentos se tornem realidade, o Centro de Valorização da Vida  sugere que tratar o assunto abertamente é uma forma de prevenção. O ideal seria quebrar os tabus, compartilhar ideias ligadas ao tema e encarar o suicídio como parte da natureza humana. Saber quais as principais causas e as formas de ajudar podem ser o primeiro passo para reduzir as taxas de suicídio no Brasil. Cerca de 90% dos suicídios poderiam ser evitados, concluiu o estudo.

Para os casos em que o suicídio está ligado à depressão, o tratamento indicado é o psicoterápico. Às vezes, também é necessária a intervenção de medicamentos controlados para evitar que o pior aconteça. Mas Gustavo lembra que qualquer tipo de medicação ou acompanhamento deve ser orientado por um psiquiatra. Alguns acreditam que as tentativas de suicídio estão ligadas às “crises da vida” como a dos 50 anos, mas não há nada que comprove a teoria. “Existem estudos que evidenciam um aumento nas taxas de suicídio em pessoas de idade mais avançada. A justificativa se baseia nos anseios que a proximidade do fim da vida traz como o fato de o indivíduo já não conseguir mais realizar atividades que antes lhe eram prazerosas”, comenta o psicoterapeuta.

O impacto na família

Quando um ente querido morre, seja por suicídio ou não, a família sofre muito com a perda. A psicóloga Sandra Monice aponta que o luto é um período difícil no qual os familiares buscam por muito apoio e acolhimento. “O sentimento de pertencimento e de não estar sozinho é fundamental neste período. Períodos de luto em que o sofrimento é extremado ou muito longo devem ser acompanhados por uma assistência psicoterapêutica”, explica.

No caso de Claudia Campos, esposa do músico, o choque pode ter sido muito maior, pois ela estava na casa quando o baixista teria atirado. Gustavo recomenda muita atenção à Cláudia. “O choque pode causar uma depressão. Afinal, ela terá que cuidar sozinha de uma criança e lutar com toda a tristeza causada pela perda do companheiro”, comenta. Já o bebê poderá vir a sofrer com os reflexos das atitudes da mãe, como a alimentação inadequada e as alterações hormonais ocasionadas pela situação.

 

Consultoria
Gustavo de Souza, psicoterapeuta
Sandra Monice, psicóloga
Centro de Valorização da Vida, portal de serviços gratuitos de apoio ao próximo/www.cvv.org.br  (chat on line, por correspondência ou por telefone)

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