O consumo de 15 cigarros por dia, associado ao uso de anticoncepcional, aumenta em 20 vezes o risco de acidente vascular cerebral e infarto.
“A doença passou a ocorrer cada vez mais entre as mulheres, hoje, mais propensas ao sedentarismo e à má alimentação. Para piorar, elas formam um dos grupos de fumantes que mais cresce no mundo”, alerta o cardiologista José Roberto Barreto.
O perigo é ainda maior entre as mulheres acima dos 35 anos, principalmente se elas usam pílulas combinadas, contendo estrógeno e progesterona.
“A nicotina ajuda na agregação de plaquetas e os hormônios facilitam a formação de coágulos. O fumo aliado a esse tipo de droga pode estimular a coagulação e, assim, o entupimento das veias”, explica.
Prevenção
O primeiro passo é deixar o fumo. Enquanto isso não acontece, o especialista afirma que os métodos contraceptivos mais indicados são aqueles que não levam hormônios ou contêm somente progesterona. De qualquer forma, é preciso adotar hábitos de vida mais saudáveis. Vale lembrar que existem medicamentos muito eficazes para se livrar da dependência da nicotina: consulte um especialista.
Bom exemplo é fundamental
Um estudo recente mostrou que há uma influência positiva quando alguém próximo pára de fumar. Se um dos cônjuges vence o tabagismo, as chances do outro também se livrar do problema aumentam em 67%; no caso de irmãos, 25%; entre amigos, 36%, e, no ambiente de trabalho, 34%.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o tabagismo está relacionado a seis das oito principais causas de morte. Entre essas vítimas, aumenta o número de mulheres. Saiba como se prevenir.
Texto de Aline Mendes
Consultoria: Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).
Foto Jupiterunlimited/Other Images