De vez em quando, é comum que as pessoas não entendam o que a outra falou ou que prefiram assistir a televisão em um volume muito alto. Mas você já parou para pensar que isso pode ser um sinal de problema de audição? O Papo Feminino conversou com a otorrinolaringologista Beatriz Lana sobre os principais alertas de problemas auditivos.
Os primeiros sintomas
Segundo Beatriz, as principais manifestações acontecem quando as pessoas têm necessidade de ouvir sons cada vez mais altos e não conseguem compreender o que foi dito. “Deve-se ficar atento para um problema auditivo quando os sons escutados estão abafados, em um ou nos dois ouvidos”, acrescenta a médica.
Quem escuta zumbidos com frequência ou tem muita secreção no canal auditivo também deve ficar alerta. Além disso, as pessoas que estão enfrentando dificuldades para ouvir, podem apresentar um comportamento diferenciado. “Elas podem começar a se isolar e preferir não socializar, pois confundem palavras e falam muito ‘hein?’ ou ‘hã?’”, completa Beatriz.
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Porém, a otorrino ressalta que há vários graus de perda auditiva desde leves até profundas. Para detectar o problema, o paciente deve passar por exames de triagem como a audiometria. “A pessoa que fala muito baixo ou muito alto deve fazer um ‘check up’”, diz Beatriz. Crianças costumam apresentar atraso escolar por causa dessas dificuldades na hora de entender o que o interlocutor diz.
Os problemas mais frequentes apresentados pelos pacientes
+ Excesso de cera no canal auditivo: causa um bloqueio na passagem do som e dá sensação de abafamento. A causa é genética ou metabólica.
+ Frequente exposição a ambientes barulhentos: em longo prazo, pode causar a perda auditiva induzida por ruído, conhecida como PAIR. A causa é trauma acústico.
+ Maior ocorrência de otites associadas a gripes e sinusites: gerando dores intensas no ouvido e eco. Os causadores são vírus, fungos e bactérias.
+ Presbiacusia: perda de audição relacionada ao envelhecimento natural.
+ Zumbido e dificuldade de escutar: causados por inflamação na articulação interligada à boca.
Prevenção e tratamento
Para evitar o desenvolvimento de problemas no canal auditivo, o ideal é tomar cuidado e não se expor com frequência a locais muito barulhentos. “Sempre que ficamos expostos a barulhos e escutamos depois apitos ou zumbidos de outras características, lesamos as nossas células auditivas”, explica a otorrino. Já as predisposições genéticas devem ter acompanhamento médico.
Nossos ouvidos são divididos em interno, médio e externo. Diversas doenças podem atingi-los. Beatriz conta que os tratamentos vão desde remédios em gota até cirurgias como de correção de perfuração do tímpano, colocação de drenos no tímpano, substituição de ossinhos do ouvido por próteses ou próteses completas. Em cada caso, o paciente passa por um tratamento específico.
Consultoria
Beatriz Lana, otorrinolaringologista
