Capaz de congelar sua fala e até de paralisar seus movimentos, o medo é uma reação natural e espontânea, que teve papel importante na evolução do ser humano. As situações em que o perigo é evidente levam a uma decisão imediata: sair correndo, gritar, ou simplesmente ficar imóvel para evitar contato são atitudes instintivas que visam impedir que o nosso corpo seja afetado pelas ameaças. Entretanto, muitas vezes o temor pode ultrapassar o receio de estar em perigo e gerar angústias na vida pessoal e profissional, podendo acarretar em dificuldades. Mas qual seu significado na natureza?
Segundo Joana Singer, psicóloga e diretora do Centro Paradigma de Ciências do Comportamento, o medo se caracteriza por uma série de reações do organismo frente a uma ameaça. Essencial para a preservação da nossa espécie, o mecanismo pode ter consequências negativas. “Ainda hoje, o medo nos predispõe a comportamentos que nos protegem de morte ou de lesões a nossa integridade física. Entretanto, sabemos também que frequentemente pagamos um preço alto por essa herança filogenética: sentimos medo, muitas vezes, sem que haja uma ameaça real. É como se respondêssemos por uma ‘sobra’ biológica”, afirma a psicóloga.
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Texto: Angelo Matilha Cherubini
Consultoria: Joana Singer, psicóloga e diretora do Centro Paradigma de Ciências do Comportamento