Embora estatísticas não muito precisas da Organização Mundial da Saúde aleguem que por volta de 1% da população mundial sofre de psicopatia, trata-se de um distúrbio de personalidade bem difícil de identificar.
“A psicopatia é uma patologia mental, sendo seu transtorno orgânico e não psicológico”, destaca o psicólogo e escritor Alexandre Bez. Detectar esses indivíduos – que podem estar bem mais perto do que você imagina – não é missão das mais fáceis, mas algumas observações podem ajudar.
Psicopatia e suas diferenças para os serial killers
Primeiramente, a classificação de psicopata destoa da de serial killer pelo fato da segunda descrever um comportamento criminoso, e não um tipo de perturbação. “Por sua vez, a psicopatia é um transtorno de personalidade no qual o indivíduo não sente empatia pelo outro, e nem remorso ou culpa quando fere ou ofende alguém”, esclarece o neuropsicólogo Fábio Roesler. “Seu comportamento não é mudado por situações contrárias ou refratárias e é marcado por uma tendência constante a burlar normas e leis estabelecidas. Em geral, trata-se de uma pessoa que só se preocupa com seus interesses e nada mais”, diz.
Ainda assim, não podemos simplesmente categorizar todos os serial killers como portadores de psicopatia, pois muitos psicopatas podem passar a vida toda prejudicando pessoas sem derramar uma gota sequer de sangue. “Não há como encaixar os assassinos seriais numa “categoria de psicopatas”, pois todo psicopata tem a potencialidade de ser um assassino, assim como não há como classificar todo serial killer de psicopata, ainda que, em sua grande maioria, a maior parte tenha esse diagnóstico”, aponta Fábio.
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Consultoria: Alexandre Bez, psicólogo e escritor especialista em relacionamentos e ansiedade; Fábio Roesler, psicólogo e neuropsicólogo com especialização em neurofeedback; livro Serial Killer – louco ou cruel? (Ilana Casoy, WVC Editora, 2ª edição); site Ilana Casoy (serialkiller.com.br).