Um dos grandes nomes da história do rock, Little Richard costuma ser citado como um dos inventores do estilo. Afinal, foi ele quem deu um toque todo especial à nova música, deixando-a um pouco mais rebelde. Suas performances incendiárias foram referência para ninguém mais, ninguém menos, do que Jimi Hendrix. Fato que, por si só, já justificaria a presença do “pequeno” Richard em qualquer pedaço da história do rock.
O roqueiro e o pastor evangélico
Little Richard deixou para o mundo do rock clássicos como Tutti Frutti, Long Tall Sally e Good Golly Miss Molly. Apesar de ter ficado conhecido apenas em 1956, já gravava singles desde 1951, quando lançou Get Rich Quick, que antecipava vários elementos de sua incendiária música.
No entanto, no auge de sua carreira, em 1957, a vida de loucuras e a fama repentina provocaram um conflito com suas fortes crenças religiosas, fazendo com que abandonasse a vida de rockstar e adotasse uma outra personalidade: a do reverendo Richard Penniman.
Por volta de 1962, retomou a carreira, que voltaria a abandonar em 1976, quando voltou a ser evangelista. Esse vai e vem marcaria boa parte de sua vida. A conciliação de personalidades tão opostas parece que finalmente aconteceu a partir da década de 1990. Desde então, tem se apresentado e recebido diversos prêmios por seu pioneirismo, mas não abandonou seu lado pregador. Sinais de bipolaridade? Talvez. Atualmente, com 83 anos, Little Richard assegura que ainda pode cantar. Pregar, no momento, não.
Álbuns essenciais
• Here’s Little Richard (1957)
• Rock n’ Roll Anthology (2012)
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