Embora tenha se banalizado, o termo illuminati foi empregado pela primeira vez em alusão aos “iluminados da Baviera”, uma fraternidade fundada em 1 de maio de 1776 pelo filósofo alemão Adam Weishaupt. Educado por padres jesuítas, o criador da ordem acreditava na existência de uma distinção racional, fora e acima da fé, acessível a qualquer pessoa e que poderia levar os indivíduos à perfeição.
Trajetória
Depois de estudar filosofia, direito, economia, política, história e correntes do gnosticismo, alguns autores defendem que Weishaupt conheceu um comerciante dinamarquês chamado Franz Kolmer, o qual o introduziu nas práticas mágicas do Egito e nas doutrinas maniqueístas anti-religiosas, provocando um espírito anarquista e de pouca tolerância com a religião na mente do jovem alemão. Em 1773, Weishaupt tornou-se reitor da Universidade de Ingolstadt, onde fundaria a ordem Illuminati três anos mais tarde.
Alegando ser um libertador da consciência humana e arrebatando o homem de dogmas e religiões que os escravizavam, o professor recrutou os primeiros membros entre seus próprios alunos. Estes deviam jurar obediência aos preceitos estabelecidos, sendo que um dos pilares era lutar contra seu pior inimigo: a Igreja Católica.
A ordem
Conforme iam progredindo intelectualmente dentro dos objetivos da organização, os pupilos eram divididos em três categorias. A mais baixa, o Berçário, incluía os níveis preparação, noviço, minerval e illuminatus menor. Posteriormente vinha a Maçonaria, que constituía nos graus ascendentes de illuminatus major e illuminatus dirigens. Já a mais alta, Mistérios, englobava os graus presbítero, regente, magus e rex – o supremo.
Apesar dos registros indicarem que o número total de membros nunca ultrapassou a casa dos dois mil, a ordem obteve sucesso entre filósofos, artistas, políticos, banqueiros e analistas, e se alastrou por boa parte dos países europeus num período de 10 anos. Contudo, em 1784, o governo bávaro decretou uma lei que bania todas as sociedades secretas, incluindo a Illuminati e até mesmo a Maçonaria.
Weinshaupt acabou demitido de sua cátedra e partiu para Ratisbona, cidade do leste alemão. Por lá, ele tentou articular uma maneira de manter a ordem sob a proteção do duque de Saxe. Porém, em meio a detenções e perseguições, rupturas internas precederam o desmoronamento completo da organização.
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