O emprego de motorista e guarda-costas não satisfaziam as ambições deste norte-americano oriundo do Harlem. Assim, Frank Lucas resolveu elaborar uma rede de tráfico baseado na heroína que, segundo diz a lenda, era a mais pura já vista até então.
A obtenção e distribuição da droga foi facilitada pela Guerra do Vietnã, principalmente após o ano de 1960. Criatividade foi o que não faltou: Frank Lucas importava enormes quantidades da substância para os EUA através dos caixões que ele dizia ser de soldados americanos, teoricamente mortos no conflito da Ásia. Seu faturamento não chegou à casa dos bilhões, como de outros traficantes citados acima (sua fortuna foi estimada em cerca de 52 milhões de dólares).
Entretanto, isso não o impediu de comprar imóveis por todos os cantos do país, desde edifícios comerciais em Detroit a apartamentos em Miami e Los Angeles. Mas o “bem bom” chegou ao fim em 1975, quando foi preso e condenado a 70 anos de prisão. Seu consolo foi a redução de sentença concedida em 1981, após a qual lhe obteve liberdade condicional para finalmente ser solto em 1991.
Sua trajetória chamou a atenção dos produtores de Hollywood, que em 2007 lançaram um filme sobre a vida de traficante. Com o título de American Gangster (O Gângster, em português) e estrelada por Denzel Washington, a obra arrecadou cerca de 127 milhões de dólares – muito embora tenha sido criticada por sua falta de fidelidade à história real.
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