Você já ouviu falar em pleonasmo, elipse e zeugma? Esses conceitos se referem a recursos textuais, chamados de figuras de linguagem, que exploram o sentido conotativo das palavras e expressões. Com isso, afastam-se da forma padrão utilizada normalmente nos textos. Essas figuras costumam ser utilizadas em textos literários, mas também podem aparecer na linguagem coloquial, na linguagem publicitária e em muitos outros tipos de textos.
Conheça essas três figuras de linguagem (de construção):
Pleonasmo
Dentre as figuras de linguagem, o pleonasmo usa a redundância para reforçar a mensagem. Vale lembrar o objeto pleonástico, que vem a ser a repetição, o realce do objeto direto, que vem no início da frase e depois é repetido pelos pronomes “a(s)”, “o(s)”. Exemplos:
- A ele nada lhe devo;
- Vivemos uma vida tranquila.
Elipse
Omissão de um termo identificável pelo seu contexto. Exemplos:
- Tapetes, cortinas e bibelôs, tudo comprado para a festa (ausência de artigo para causar ideia de acúmulo);
- Na loja, apenas quatro pessoas (ausência do verbo “haver”).
Zeugma
Elipse de um termo que já foi citado anteriormente. Exemplo:
- Maria gosta de Português, eu de Matemática (elipse do verbo gostar, que já havia sido utilizado na primeira frase). Sem a elipse a construção ficaria assim: Maria gosta de Português, eu gosto de Matemática;
- “Beijou sua mulher como se fosse a última e cada filho seu como se fosse o único.” (Chico Buarque, Construção, CD Perfil). Nesse caso houve elipse do verbo beijar no segundo verso, pois já havia sido citado no primeiro.
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Texto: Redação / Edição: Érika Alfaro