Em maio de 2012, a polícia italiana abriu uma tumba na Basílica de São Apolinário, onde estão enterrados vários cardeais de altos cargos do Vaticano. E as suspeitas de que o corpo do mafioso Enrico De Pedis estivesse sepultado ali, após análises de DNA, foram confirmadas.
Chefe da organização Magliana, que agia em Roma, De Pedis morreu em 1990. A Igreja teria aceitado um bilhão de liras (mais de R$ 1,245 milhão), a antiga moeda italiana, como pagamento para permitir o enterro dentro da basílica romana. Entre os diversos crimes cometidos pelo mafioso, destaca-se o sequestro da jovem Emanuella Orlandi, filha de um funcionário do Estado do Vaticano. A menina tinha 15 anos quando desapareceu após sair do apartamento da família para ir a uma aula de música, da qual nunca mais retornaria.
A decisão do Ministério Público de reabrir o túmulo veio depois de um telefonema anônimo a um programa de TV, no ano de 2005. Atualmente, a procuradoria de Roma investiga se, além do dinheiro, haveria um por quê da alta cúpula da Igreja permitir o sepultamento do mafioso na Basílica de propriedade papal. De acordo com Antonio Mancini, ex-membro da Magliana, essa seria uma recompensa a De Pedis por seu papel em persuadir outros membros da organização a interromper os ataques da quadrilha contra o Vaticano.
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