De todos os elementos da vida de Cristo, a sua crucificação figura alto na escala de “difícil duvidar”. O arqueólogo e antropólogo John Dominic Crossan afirma que o episódio é tão certo quanto um fato histórico pode ser. O que seria questionável é o contexto religioso que o envolve, cuja consequência é uma série de relatos e histórias, vistas como verdade somente sob a ótica da fé cristã.
Os evangelhos são sucintos quanto a descrição do ato da crucificação propriamente dito. Não há detalhes em relação ao martelo, aos pregos, à dor e nem ao sangue. Uma das poucas especificações diz respeito à roupa do Messias: segundo os evangelistas, ao retirar a túnica dele, os soldados romanos “lançaram sorte” sobre ela para ver quem ficaria com a veste. Porém, os historiadores da época nos fornecem mais detalhes. Eles acreditam que Jesus foi pregado por três indivíduos.
O costume era que um sentasse sobre o peito do condenado para imobilizá-lo, enquanto outro segurava as pernas para que o último, enfim, pudesse pregar os pés e as mãos. E, referente a isso, um debate é levantado: alguns estudiosos indicam que Jesus teria sido pregado pelos pulsos – pois só assim o peso do corpo poderia ser sustentado – e não pelas palmas das mãos, como indica a Bíblia. Quanto aos pés, a maneira como eles foram dispostos sobre o poste vertical também gera polêmica. Independente da distribuição dos cravos, eles foram transpassados pelo corpo, até que a barra da cruz fosse então levantada, onde no topo foi pregada a famosa inscrição: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”.
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