Entre as atividades que podem ser praticadas nos templos, estão os rituais budistas. Há variações de acordo com cada escola, mas entre as principais práticas estão as preces, com o objetivo de combinar os nossos pensamentos íntimos com as boas energias que podem ser alcançadas.
Rituais mais frequentes no Budismo
Diferente do conceito comum, as preces no Budismo não se consistem numa forma de invocação, a fim de pedir alguma coisa, mas, sim, de tranquilizar o espírito.
Quando se deseja agradecer nos templos, as ofertas não são em valor monetário, mas por meio de flores, velas ou incensos, que expressem a alegria a ser compartilhada naquele espaço. As flores, inclusive, significam a natureza fugaz da vida na terra, a vela é o símbolo da iluminação, e o aroma do incenso pode representar a propagação dos ensinamentos de Buda.
Um costume típico da cultura budista são as doações de roupas e comida destinadas, principalmente, aos monges, que vivem apenas dessas ações de solidariedade. No Budismo, monges e monjas não podem ter nada de valor, nem serem ligados aos bens materiais. Quando o assunto é a morte, os rituais fúnebres são exercidos, e os seguidores que falecem podem ser cremados ou enterrados. Enquanto a vida é considerada por eles como um fluxo contínuo, em função da natureza positiva ou negativa das nossas atitudes, a morte constitui-se num estado de repouso absoluto.
A prática da fé
Quando pensamos nas práticas de fé da religião católica, por exemplo, logo imaginamos as celebrações que ocorrem na igreja, em que o padre ou ministro da palavra media os ensinamentos da Bíblia aos fiéis por um período de uma a duas horas. O professor Frank Usarski conta que a prática de fé na filosofia de Buda depende do ramo ao qual um praticante pertence.
“A maioria dos imigrantes das primeiras ondas da imigração fazia parte do Budismo Terra Pura, caracterizado por uma abordagem devocional praticada no âmbito familiar, e é um Budismo que não oferece nenhuma meditação. Mas, para grande parte de budistas convertidos, a religião se torna atraente por promover uma prática religiosa individual justamente realizada por meio da meditação”, destaca o professor.
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Texto: Redação – Edição: Victor Santos
Consultorias: Frank Usarski, doutor em Ciência da Religião pela Universidade de Hannover, na Alemanha, e livre-docente na mesma área pela PUC-SP; Rafael Trindade, residente da Sociedade Budista do Brasil; Tenryu Dairo, membro da Comunidade Zen Budista, ordem Soto Shu