Se você assiste à televisão, muito provavelmente já viu diversos comerciais de sabonetes antissépticos para livrar-se das bactérias. Lavar as mãos é a medida mais simples e eficaz contra possíveis infecções. Contudo, a medicina (e seus antibióticos) ainda não está totalmente preparada para a ação de alguns agentes patológicos.
Em julho de 2014, o governo britânico encomendou um estudo, junto ao economista inglês Jim O’Neill – intitulado Review on Antimicrobial Resistance –, de forma a avaliar os impactos futuros da resistência antimicrobiana para a saúde mundial e propor medidas políticas e econômicas passíveis de aplicação internacional.
Segundo o relatório, a previsão é de que, em 2050, 10 milhões de mortes sejam provocadas pela ineficácia de antibióticos frente à “superbactérias”, ou seja, um falecimento a cada três segundos.
O que são “superbactérias”?
Apesar de ser um termo leigo, refere-se àquelas bactérias consideradas resistentes às diversas classes de antibióticos. “Isso não significa que sejam mais virulentas que outras, ou seja, capazes de causar infecções mais graves, apenas possuem a capacidade de sobreviver à ação de antibióticos aos quais desenvolveram mecanismos de resistência”, explica a microbiologista Doroti Garcia.
Assim, existe a possibilidade de que tais medicamentos não sejam capazes de conter a ação desses agentes patológicos. No entanto, caso novos antibióticos sejam confeccionados com esse objetivo, será possível evitar o avanço dessas doenças.
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Texto: Érica Aguiar Arte: Mary Ellen Machado
Consultoria: Doroti Garcia, microbiologista.