Em uma das inúmeras sessões espíritas das quais participou, Hippolyte Léon Denizard Rivail descobriu, por meio de um dos interlocutores mais recorrentes com quem se comunicava nos encontros, que havia sido em vida passada um sacerdote druida na sociedade celta e morador na região de Gália chamado Allan Kardec. A fim de diferenciar o trabalho de codificador do Espiritismo do seu como pedagogo, decidiu adotar o nome que o tornaria conhecido para sempre.
Allan Kardec: o codificador do Espiritismo
Apesar de ser o principal nome do Espiritismo, os seguidores da doutrina se referem a Allan Kardec como codificador. “É aquele que organizou os livros que formam a base ou alicerce da religião. Ele representa a coerência, a lucidez, a segurança e a solidez para o correto entendimento do que é o Espiritismo e qual a sua finalidade e objetivo”, explica Orson Peter Carrara, pesquisador e escritor espírita.
Em seu primeiro livro sobre a doutrina, “O que é o Espiritismo”, Kardec explica os motivos que o levaram a estudar o contato com os mortos pelo viés científico. Isso se deve principalmente à sua formação como pedagogo, que o levou a se aprofundar no tema para, enfim, elaborar as bases do que se tornaria a religião. Por isso, ressalta Carrara, é possível observar uma relação entre Espiritismo e a ciência. “Há uma relação de coerência e sintonia, face aos fundamentos que norteiam a ação de ambos”, afirma o especialista.
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Texto: Thiago Koguchi – Edição: Victor Santos